quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Caixa de Pandora

Há tempos não abria. Não só o blog, como o coração. Tentei colocar mais uma caixa no maleiro, mas tive dificuldades para subir a escada. Não pelo peso, afinal esta caixa está vazia. Pela relutância da mente contra meu coração.
Seria mais fácil talvez se eu nunca dormisse. O sonho, nunca real, me traz algo que eu venho há tempos tentando esquecer. Há tempos tentando ME esquecer.
Sou eu, quem fui. Talvez quem eu gostaria de ter sido. E nunca pude ser.
Agora, diferente, confesso, tapei, nao esqueci. Fingi.
E toda noite, o sonho vem, me fazendo lembrar que pessoas não cabem em caixas no maleiro. A morte e a vida podem levá-las, mas nunca de dentro do coração. Infelizmente algumas caixas não sobem a escada, ficam rodeando, me rondando, e à noite, no escuro e silencio, elas abrem. Trazem de volta todo passado, que nunca será futuro. Mas vivo cada dia pensando no que poderia ter sido.
A caixa de pandora traz de volta tudo que passei por cima sem enterrar...

domingo, 1 de novembro de 2009

ALGO ESTRANHO

Algo estranho acontece, quando me olhas assim, de olhos abertos encantados. Algo estranho acontece dentro de mim, quando doce toque suave de suas mãos penetram nas minhas, e entrelaçam e fazem-se uma.
Algo estranho acontece quando me abraças assim, devagar, quando a brisa fria vem me amedrontar e me confortas com teus braços, coloridos assim, macios assim, protetores enfim.
Algo estranho acontece quando me dizes palavras suaves, ao pé do ouvido, sussurros, gemidos, risadas.
Algo estranho me estranha quando estou longe de ti. Algo estranho me estranha quando estou perto de ti.
Algo estranho acontece quando recosto minha cabeça no teu peito quente, e sinto teu coração bater no ritmo louco e forte e inteiro, no mesmo ritmo do meu.
Algo estranho acontece quando vou-me embora, sem vontade de te deixar. Algo estranho acontece quando durmo, quando acordo pensando em ti, na minha vontade desenfreada de te ouvir, de te ler, de te sentir.
Algo estranho me alucina todo dia de manhã, cada manhã mais. Algo estranho me prende, me fascina, me encanta.
Enfim, algo estranho por dentro me diz que não dá para voltar atrás, que me vicias, que me consomes pelas veias e assim quero morrer. Assim quero viver...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

ENLOUQUECIDA

És meu vício. Meu fogo, minha água, meu precipício. És meu ar, minh'alma, meu sufoco. És sexo e nostalgia. Medo e poesia. Tua presença é maior e mais alta que as montanhas, e minha vontade atravessaria oceanos. Teus olhos brilham mais que a estrela cadente, mais que o cometa raro e indecente.
Por ti iria a qualquer lugar, iria à loucura. Cometeria crimes, contaria mentiras, encararia autoridades, desafiaria o divino.
E contigo ao meu lado sou capaz de fazer tudo. Contigo sou criatura, sou criador, sou sua criada. Aos teus pés ainda sou ser amado ser amor.
E ah! Não te afastes por um segundo, teu sorriso dá todos os tons e cores do meu mundo. E teu toque macio e agressivo me serve de incentivo.
O som dos teus passos, músicas ao meu ouvido. Tu és minha lua, meu céu, meu sussurro. És noite, és dia, és primavera e praia e mar.
Quero te ter sempre junto a mim, para que o mundo seja um lugar seguro, para que a vida seja agradável e a morte não imponha medo.
Quero-te porque tu és nada, tu és tudo. Quero porque não tenho medidas para o amor. Porque a distancia ou o tempo não compartilham o mesmo peso dos sentimentos.
Amo-te com a alma, como um sonho.
Amo-te como amo a mim.
Amo-te como realidade.
Amo-te como se existisses.

sábado, 3 de outubro de 2009

A.M. ou F.M.?

Nem todos dão a sorte de encontrar de cara o amor da vida.
As vezes pensamos que encontramos, mas qndo vemos... ah! Lá está! O defeito quase invisível que faz a pessoa se tornar intolerável!
Não estou falando de algum detalhe em especial. Estou falando de qualquer micro coisinha que possa se tornar alguma desculpa para o fim de qualquer "quem sabe, talvez...".
E céus, alguém salve esta pobre alma perdida!

Sim, porque esta pobre alma está perdida. Como pode alguém viver sem amor? Como pode alguem amar tanto a si mesmo, que não há espaço para entrar mais ninguém em seu coraçãozinho duro e maltratado?

Ai que digo. Não encontramos amores na esquina, mas precisamos valorizar quando por acaso ou não alguém entra na mesma SINTONIA que a sua. Afinal, o que é o amor, senão uma linda música tocando no rádio da vida?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

SAUDADE

E fazia muito tempo que não chorava por ti.
E talvez não chore por ti, chore por mim.
Mas sinto tua falta
E nunca achei que seria assim
Olho fotos, vejo seu sorriso e alegria
Me dá saudade e choro e rio
Deixo escapar pelo cantinho da boca, escorrendo junto a lágrima um sorrisinho gostoso
Daqueles que vêm sempre com uma boa memória.
Sinto sua falta, amiga. Achei que não fosse ser assim...
E ainda te espero voltar...
Tlvez eu ainda olhe todos os dias no retrovisor esperando ver seu cabelo comprido e sua covinha na bochecha esquerda...
Talvez eu ainda olhe para os corredores da faculdade esperando vc chegar...
Talvez eu ainda olhe seu telefone na minha lista e pense em te enviar uma mensagem...
Talvez eu ainda entre no seu orkut todos os dias...

Mas e daí? Você é minha mesmo... e nada vai te tirar de mim... sei que logo estaremos juntas... então sei que não choro por vc...

Fazia tempo que não chorava por alguem, e quando vejo estou aqui, chorando por mim...

domingo, 16 de agosto de 2009

ACASOS

É incrível como algumas pessoas entram em nossas vidas e nos fazem ver coisas que não víamos há muito.
Podem ser pessoas que só passam, passam e nunca ficam, mas marcam. E talvez nunca venham a saber o quanto mudaram, mas simplesmente transformam.
São perguntas simples, despretenciosas, mas que nos abrem os olhos. De repente de um "E você ainda acredita que pode salvar o mundo?" vem toda uma avalanche de sonhos e esperanças que ficaram soterrados sob a dor e o peso da vida.
Essa pessoa que fez uma pergunta simples e inocente, provavelmente nunca faria diferença alguma, nem se tornaria digno de lembrança, no entanto ela não soube o terremoto que causou.
Trouxe de volta à superficie uma vontade que teve que ser esquecida pela dura cegueira da verdade.
De repente, de uma conversa desinteressante, reaparece o desejo quase invisível de voltar a acreditar no impossível, vontade de voltar a luta. E assim, acredito que todo mundo é memorável e com uma pergunta básica, a pessoa se torna notável....

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

OI
MEU NOME É JULIANA
EU?
BOM... ÉÉÉ... EU ESTOU LIMPA...
HÁ QUANTO TEMPO?
HUMM....
CONTAR MINHA HISTÓRIA? OK...

EU ME CHAMO JULIANA... TENHO 20 ANOS... A PRIMEIRA VEZ QUE EXPERIMENTEI EU TINHA 4 ANOS DE IDADE... APRENDI COM OS MEUS PAIS MESMO... NAQUELA ÉPOCA NÃO FAZIA TÃO MAL, OU PELO MENOS AS PESSOAS NUM SABIAM... E FOI PASSANDO O TEMPO A QUANTIDADE FOI AUMENTANDO... E AUMENTANDO... E QUANDO EU VI JÁ ERA TODO DIA... TODA HORA... EU TINHA NECESSIDADE DAQUILO... MEU DIA NÃO ERA O MESMO SEM, EU FICAVA MAL HUMORADA, GROSSA, BRAVA, AGRESSIVA... LÓGICO QUE COMO QUALQUER DROGA, NO COMEÇO TINHA SEUS EFEITOS COLATERAIS, EU FICAVA ELÉTRICA, NÃO DORMIA, COMECEI A TER OLHEIRAS... ATÉ QUE HÁ UNS DIAS MINHA MÃE REPAROU QUE EU NÃO CONSEGUIRIA MAIS PARAR.... E ASSIM EU VIM PARAR AQUI.

OI, MEU NOME É JULIANA E EU ESTOU HÁ 3 DIAS, 7 HORAS E 25 MINUTOS.............. SEM TOMAR CAFÉ!!!!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Repetições

E essa vida que não condiz, condena... Os olhos abertos, cansados, comidos, e ainda com fome... O cobertor pútrido no ombro, ao frio, ao relento... Os dentes sujos, poucos, pardos, perdidos entre uma escuridão e outra... Os ossos doídos, doidos, doentes, difamados que mal ficam em pé... O andar lento, louco, laico, louvado por entre os carros... A vida insignificante.

O olhar triste caído, criado, coitado ao ver e não ser visto... A desigualdade da vida humana, a injustiça de um destino cruel. O frio não causa, customiza. O calor não acalma, amedronta. Uma ponte a moradia, uma calçada a família. O medo amigo a dor companheira.

Um em colchões de ouro, outro em cama de pedra. A balança nunca pesa para o lado oprimido.

Medo, martírio, mentira, maldade, mediocridade, mudança.

Injustiça, invalidez, insuficiencia, inconformismos, intolerância, inutilidade.

A vida como ela é, nunca como deveria ser....

segunda-feira, 6 de julho de 2009

PROJETO APAGÃO

Ahhh! E nesse post vai mais um diálogo pra sessão de "Coisas que SÓ acontecem com a Ju"

Isso ai... mais um evento que parece algo de filme, seriado, cena de novela, filme de comédia e afins... Vou descrever...

Descendo a Cardeal Arcoverde um carro lotado pára ao lado da janela do passageiro:

"Oi, vocês sabem onde fica o bar Teta?"
"O de Jazz?"
"Esse mesmo! Vc já foi?"
"Opa! Não mas sempre quis ir..."

Abre o farol... os carros seguem.... fecha o próximo farol... O passageiro do banco de trás desce e vem na janela da motorista (vulgo eu)...

"Oi, vc nunca foi mesmo?"
"Não, mas me falaram que eh legal...."
"E pra onde vc tá indo"
"Pro Bleecker St"
"É legal?"
"Não sei to indo pq é aniversário de uma prima minha..."
"Quero ir... a gnt pode ir também?"
"Claro, vai lah é na Inácio..."

Abre o farol... o cara volta para o seu carro de origem... os carros seguem...Fecha o próximo farol... O cara vem de novo na janela...

"Entao, o pessoal do carro não quer ir... mas eu quero ir com vc..."
"Então vai..."
"POSSO ENTRAR NO SEU CARRO??"
"ENTRA AÍ, GATO!!!"

Sim, o gato entrou... hahah loucura? minha ou dele?? Não importa... a ele rendeu marcas de batom vermelho... a mim, redeu a maquiagem borrada... valeu? tudo vale! Até desconhecidos no meu carro!!!

hihihihi
agora vem meu novo projeto 2009... o PROJETO APAGÃO!
Isso mesmo, devido a algumas decepções na minha vida resolvi apagar literalmente todos o amores e afins que vieram antes de hoje... e isso inclui uma faxina geraaaal nas emoções!

Enfim... apagão ai vou eu! Por um futuro melhor ou menos sofrido, menos amado, menos previsível, menos intenso, porém mais esperançoso....

uiiii FILOSOFEI!

beijo, outro, mesmo que meu celular seja o mesmo... não me liga... to no APAGÃO!

domingo, 28 de junho de 2009

AH um brinde... ao score positivo

Êêêêê Laiááá!!!
Preciso é parar de beber viu... ao menos dessa vez o resultado final da noite foi bom!

Eu não quero nem vou pensar ou analisar... as coisas são o que são e pronto!
Não me venha com caraminholas...


E finalmente meu quarto está pronto... isso... larga minha vida pra lá e vai lah no orkut ver a foto do meu pedacinho do céu.... um poquinho do meu recanto da felicidade....


ai ai ai by the way... meninas, amo vcs,.... pq vcs são o açucar dessa limonada azeda que a vida é!!!

AMO

Beijo, gata, me liga!

hahahahahah

sábado, 20 de junho de 2009

AGRIIIIDEE, GATÔ!!!!

Opa! Ah! O JUCA!!! Sim, sim, sim... foi muito bom embora pudesse ter sido melhor... não estou falando só dos meus 4 dias sem dormir, das minhas refeições tão distantes umas das outras, nem do banho a conta-gotas, mto menos da barraca alagada... Estou falando também da parte das emoções... ai ai ai foi tudo tão tão tão... nao sei que palavra usar... poderia ser "monótono" mas essa palavra não cabe no JUCA... podia ser "distante" mas creio que minha barraca estava bemmm acessível.... podia ser "frio" mass ao contrário das temperaturas na balada, toda vez saia algo beeem quente.... enfim a unica palavra que eu consigo para definir o que houve no JUCA é "mágoa" uma coisa tao idiota da parte de um e "orgulho" a mais idiota de todas, e creio que infelizmente essa última seja a minha culpa na historia.... Mas o fato é que 4 dias talvez foram suficientes para responder algumas perguntas que há um ano e meio estava tentando resolver.... ufa! Podia ser melhor, foi bom anyway.... e ah! se ele soubesse o quanto eu gosto dele! ai ai ai mesmo com tudo... continuo insistindo nesse amor bandido! ahhaha Mto minha cara isso mesmo...mal sabia que eu só queria ficar com ele, todos os dias o dia todo.....





Mas o melhor é o pós JUCA.... Quando vc trabalha a semana toda... São Paulo Fashion Week, meu deus que loucura!!! Surteiii várias vezes durante a semana.... uhul! ainda bem que eu jah nao sou normal.... hihiihih

Mas aii chega a sexta feira e tuuuudo fica bem neh?! Oiii gatoooo voce por aqui?! ihuhihihi mau deussss oooo noite boaa viuu!!! ABALA MEU MUNDO, GATO!!!!



Adorororororor.... maldita sauna que alaga, soh digo isso!





beijoooo e



OH BAYBE VE SE ME LIGA, E VAMO JUNTO PRA EUROPA ANTIGA!!!!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

ENTÃO VEM VINTÃO

Ah! O frio... que dura 3 dias? Mas que frio é esse? Então... Ah! O calor... que calor? O que dura do meio dia às 5?

Então tá... AH! O JUCA! sim sim, esse tem data exata para começo e fim... talvez não, mas e daí?

Talvez criemos muitas expectativas sobre 4 dias em condições desumanas de vivência, dormindo no chão (ou ao relento), usando banheiros nojentos do alojas (ou em alguma casa de velhinhas mercenárias), comendo mal ou quase nada (os meninos comem BEM melhor!) e bebendo o dia inteiro. Okay... de fato não parece a melhor coisa do mundo... e se não fosse um leve choque que eu levei BEM NO DIA DO MEU ANIVERSÁRIO, estaria um tanto quanto menos empolgada para este sacrifício... okay okay eu sou idiota mas acho que isso que eu acabei me tornando com 20 anos... ops, DEZENOVE, por favor!

E este post será longo, devido a minha ausência blogueal... (sim acabei de inventar e subverter esta palavra...)

Euu VINTEI... exatoo... deixa eu discertar a respeito disso... Achei que qndo tivesse vinte anos, finalmente, seria adulta... Ah! Doce e amarga ilusão! Sim, porque hj eu vejo que ainda estou esperando crescer... não SÓ de tamanho, é claro... mas estou esperando a mulher bater à minha porta e me trazer todas as soluções para minhas dúvidas. Francamente, com vinte anos, não creio que essa mulher venha de fato me visitar, o que me preocupa porque será nessa vida que realmente quando eu fizer 40 eu ainda vou pensar igual a quando eu tinha 13?
E se com 13 eu ainda brincava de Barbie e com 20 ainda gosto delas, com 40 provavelmente terei uma coleção na estante!


Exato o que quero dizer é que aos 13 eu achava que nunca mais gostaria das mesmas coisas ou olharia a vida da mesma forma, pois é talvez a idade tenha me trazido algo de bom, agora eu assumo, ainda penso nas MESMAS coisas e vejo a vida EXATAMENTE igual, com umas Barbies a menos, histórias a mais, no entanto ainda sou a mesma... sem tirar nem por, nem um centímetro, LITERALMENTE!


BOM, é isso, filosofei demais para quem está de ferias (sim, AINDA) e agora dá licença que vou trabalhar (ah pelo menos uma coisa que eu nao fazia aos 13!) e se quiser, ME LIGA, pq alem de tudo, o meu celular É O MESMO, HÁ 7 ANOS!!!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

MAIS UMA CAMPANHA

Pois é, como aparentemente a minha campanha Tire Férias De Si Mesma não funcionou e a campanha para o Retiro Espiritual nem emplacou na verdade, estou lançando a mais nova, ultramegamoderna, campanha maio 2009:
ARRANQUE UM SORRISO DO GATO, JÁ QUE BEIJO TÁ DIFÍCIL....

É isso mesmo, meu bein.... Se você, assim como eu, tem que ouvir conhecidos cantando "ah que bom seria, se a Ju não ficasse pra titiaaa...", seja beeem vindo ao meu novo triunfo sobre as peripécias da vida... Se vc não consegue arrancar um beijo, arranque um sorriso do gato, afinal, algumaaaa coisa vc tem que levar!!!

Então, ai vai uma dica: concentre-se no mundo Broadway, saia cantando e dançando ruas afora.... e seja feliz....

Óbvio que enquanto isso... eu continuo de férias, no meu giga-retiro-espírito-mental, cantando e dançando nos meus dias super-Broadway..... e se minha voz te incomoda.... queee peeena! eu nem ligo... alias, essa semana descobri que tem pessoas que realmente gostam dela... peeena que soh gostam da voz mesmo neh?!?!?!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

RETIRO...

Como aparentemente entrar de férias de mim mesma, não é suficiente... estou lançando a minha nova onda de maio 2009: ENTRE PARA UM RETIRO ESPÍRITO MENTAL....

E agora dá licença que eu estou indo para o meu retiro, em algum lugar dessa vida, beeem longe do Rio de Janeiro....

Beijo, outro, se me ligar além de contar seus problemas, me conte se AS PESSOAS SÃO CEGAS OU FINGEM QUE NÃO VÊEM??? é apenas uma curiosidade....


saindooo - no moonwalker - pro retiro!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

CAMPANHA: TIRE FÉRIAS....

Estou lançando a mais nova campanha maio 2009: TIRE FÉRIAS DE SI MESMO.´

É isso aí... se você, assim como eu, está realmente cansado de brigar consigo mesmo, de se perguntar porque sente isso ou aquilo, se está cansado de se deparar com os mesmos sentimentos conflituosos, dia pós dia... Bem Vindo ao Caribe da plenitude... FÉRIAS DE SI MESMO!!! O lugar onde todos os seus problemas NÃO serão resolvidos, mas, sim, ESQUECIDOS!!!

É isso aí, chega! Pode chamar de covarde, falar que me faltam cojones, pode pensar o que quiser, o fato é que cansei... simplesmente não quero e não vou encarar os meus problemas... humpf! (modo criancinha mimada, spoiled: ON)
Não quero conversar, falar a respeito, brigar, resolver, muito menos superar... QUERO ESQUECER!

O modo como farei?
Simples...
Ocupo o meu tempo com tudo que não é para mim... faço meu trabalho com o máximo de concentração... faço piadinhas... canto uma música... bebo uma coca cola... qualquer coisa... faço até contas, para esquecer que eu sinto... Simples, estou tirando férias, férias de mim mesma... e simplesmente não converso mais comigo, nem filosofo, nem tenho tempo para sentir o que meu coração tem a falar.... é... talvez seja a saída mais fácil, mas quem disse que eu to a fim de complicar???

Qualquer coisa, me liga, mas POR FAVOR, me ocupe com os SEUS problemas, porque os meus, eu já NÃO OS TENHO!!! huhuhuhuh

sábado, 9 de maio de 2009

VAI SABER

E já não sei mais...não sei o que é carinho, o que é carência... Não sei mais se olho, se finjo que não vi... Não sei mais o que é conversa, o que é flerte... Não sei mais nada, não sei nada de tudo...
E as palavras já me parecem mentiras... não sei mais o que é verdade, o que é maldade... não sei... não sei...
Não quero e quero... quero não querer... quero esquecer... quero fingir, mentir, fugir... quero estar e que estejam... mas ah! se estivéssemos... e quem sabe um dia eu saiba.... não sei.

Gestos, olhares, elogios, ligações... sem opções já não sei mais o que significa.. e talvez devesse não significar nada... talvez nada seja, tudo seja e nada venha a ser.... mas não sei....

E por fim, não sei mais como se faz ao nada fazer, como fazer quando não se sabe mais nada... e preciso urgentemente buscar num dicionário o significado da palvra: "relacionamento".

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A ÚLTIMA GOTA

Hoje fui à catredral da Sé. Não porque resolvi, da noite para o dia, me tornar uma devota ao catolicismo ou desisti repentinamente de ser atéia. Fui em caça a uma pauta para um trabalho, quando me deparei com uma pauta para a vida.
Enquanto estava apreciando as relíquias mórbidas das catacumbas da catedral, lá fora, onde o mundo é cruel, o céu enegreceu e uma chuva forte e encardida começou a cair, dissipando toda a multidão da calçada.
Os moradores de rua, desesperados, começaram a entrar na igreja todos acumulados perto da porta e longe da água... Exceto por um casal... eles não se desesperaram... pegaram as sacolas que continham suas roupas e vida, foram para uma pequena parte coberta na frente das portas da catedral e se acomodaram sobre as sacolas.
Ali, sentados em cima de suas vidas, com a chuva forte ameaçando a noite e a tranquilidade, sem teto, sem comida, no frio ao relento, ele a abraça e ela lhe faz carinho. E enquanto todos ao redor estavam aflitos, tensos, ansiosos, ela deitou em seu colo, e ele lhe contou uma história para que pudesse, meio a chuva, dormir segura em seus braços.
Era a última gota, não da chuva, mas da vida. O amor em troca de nada, somente de amor.

terça-feira, 7 de abril de 2009

(DE) CADÊNCIA.....

Ahhh essa vida! Ladeira abaixo seria, talvez, a melhor definição dessa minha respiração arritimada que me consola nas manhãs de sol... Esses dias quando parece que nada pode acontecer mas quando você vê sua vida de repente deu umas dez voltas na lua e já voltou e você ainda está estática olhando para o seu próprio pé esperando que alguem venha e lhe explique O QUE RAIOS ACONTECEU?!?!?!?!?!
Ai do nada, em pleno dia de sol e ressaca seu celular toca duas vezes seguidas e você se pergunta o que ainda está fazendo acordada tomando cerveja.... Ou pergunta por que ainda deixa o celular ligado quando não consegue proferir uma palavra inteira sem que sua cabeça lateje como se estivesse no ápice de uma crise de sinuzite....
Mas o fato não é esse... o fato é que por mais confuso que pareça um dia, ele nada é perto de alguns pensamentos obscuros que passam dentro da cabeça de uma menina altamente atordoada pelo passado, pelo presente e pelas dúvidas do futuro...
E pois é minha gente... O que o amor suaviza, o tempo endurece..... E as vezes a decadência da vida se encontra justamente no ato de ser fria quando tudo que o coração pede é que seja um pouco mais amena em relação aos sentimentos. A decadência está exatamente em fingir para si própria que não quer, quando na verdade tudo que quer é querer.

quinta-feira, 26 de março de 2009

CAUSE YOU HAD A BAD DAY....

A porta é escancarada 9 horas da manhã... a empregada faltou.... tem que arrumar a casa.... arrumo o meu quarto, o da mari, o dos meus pais... okay... lavei a louça... liga o papai "Tem que fazer a feira!"... dor nas costas... feira e xavecos furados.... a mari liga, vem almoçar em casa... nop, num tem comida... passadinha no mc donalds, super saudável... mc tasty... sai rolando... "vamos no mercado comigo ju, por favor, rapidinho?"... quem sou eu pra negar?... mercado, fila, corredores longos e cansativos... chegamos em casa... dia do rodízio do meu carro... exatamente na hra de me arrumar, acabou a luz... nenhum problema a não ser que MEU AQUECEDOR É ELÉTRICO!..... cabelo sujo ou banho gelado???? banho gelado!!!!... tudo bem, tudo bem... 1..2..3...breath!..... atrasada... vergueiro, uma batida homérica fez do transito quase uma escultura de pedra... blah.... okay... passou.... faculdade, sim estou a salvo!..... ERRADO!..... chega a Sissi e "TEM UM CHICLETE NA SUA BUNDA!!!"... sim! Oi, meu nome é Juliana e eu sentei num chiclete..... mas tudooo bem, mais tarde tem geosamba, talvez uma presença de uma pessoa encantadora... e ops! ele foi viajar.... ai ai okay... pelo menos tem cervejaaa.... ahhh! Nada como uma cervejinha gelada depois de um dia difícil.... masss.... opa! NÃO! DEPOIS DE UM DIA DIFÍCIL, A CERVEJA ACABOU ANTES DA MEIA NOITE!!!!!
mas calma... não é o fim do mundo.... isso NÃO foi um dia de azar... fooi só uma sucessão de acontecimentos peculiares que coincidentemente se encontraram em menos de 24 horas.... não tem nada a ver com falta de sorte.... NA VOLTA PRA CASA, DOIS GATOS PRETOS CRUZARAM MEU CAMINHO..........................

quinta-feira, 19 de março de 2009

VAZIO

Arrancaram minha alma, mas meu corpo continua andando.

ENLOUQUECEDOR...

A sala estava fria, o azul das paredes fazia o vento parecer mais gelado do que de fato era. Estava uma noite calma. O estudio de vídeo estava lotado de alunos patéticos e iguais. Todos a sua volta pareciam idiotas perto de câmeras de vídeo e foi quando ela se deu conta que aquilo tudo simplesmente não fazia sentido. Continuou a ouvir explicações sobre o manuseio de aparelhos e como tudo aquilo estava incrivelmente irritante aos seu conhecimento tão acostumado ao tato de câmeras digitais.
Foi quando olhou para a porta e viu, por ela entrando, ele com o cabelo negro arrepiado, a pele branquinha de quem vai à praia, mas não toma sol, a mochila a tira colo. Encontrou seus olhos e nesse instante escapou um sorrisinho pelo canto da boca de ambos. O sorriso lateral dele em exata harmonia com o nariz perfeito e barba mal feita.
Ela piscou o olho, ele não estava lá. Ninguém havia entrado pela porta. Lembrou-se que nunca mais o veria, que infelizmente tal cena, agora, era impossivel. O seu tão querido sorriso tinha escapado-lhe das mãos como areia ao vento e nada podia fazer a respeito disso. E antes tal incidente houvesse sido culposo de sua parte, que ela tivesse errado de modo absurdo e grotesco, mas não. A simples e dolorosa decisão de morrer fora dele....

segunda-feira, 16 de março de 2009

ALUCINAÇÃO'

Estranho modo de ver... os olhos observam e tudo parece ter mudado... as coisas ainda estão mas já não são... Tudo está estranhamente diferente como se a visão estivesse possuida por algum tipo de efeito alucinógeno e os objetos nada abstratos parecem disformes. Tudo solta um brilho diferente e as cores refletem na retina de modo peculiar e inédito. Dorme-se uma, acorda-se outra. Outras.
Recintos de sempre parecem desconhecidos. Cada passo, um salto rumo a novos lugares já conhecidos. Um frio na barriga, a vida parece ter recomeçado.
Tenta-se lembrar de como eram as coisas. O esforço já não é mais suficiente, memórias de semanas atrás escapam como se anos tivessem passado. Parecem lembranças de outra vida... ou a mesma vivida por outra pessoa.

Ao abrir os olhos levemente alucinados o brilho, o formato, a finalidade, a posição dos lugares, coisas, objetos e pessoas se transformaram. A vida era nova. O mundo novo. Não se conhecia mais, não queria mais se conhecer... Bom dia, muito prazer em conhecê-la, acabei de nascer....

quarta-feira, 11 de março de 2009

UNDERGROUND

Ah! Essa vida! O céu cinza, o ar leve...

Nada como uma noite de cerveja, conversa, sinuca e risadas. Um bar, um boteco, uma mesa, umas bolas e um taco. Risadas altas, jogadas erradas, apostas furadas, palavras perdidas.
Por um momento quase esquece-se da vida. Por poucos momentos aquilo é tudo, todos. Um carro na esquina, uma coca-cola sobre a mesa, um rádio a tocar rock'n roll. O que mais poderia pedir da vida? Sem luxo, sem riquezas, sem maquiagem, sem gel no cabelo. Uns pares de all star e é tudo que precisamos.

Então, o dia tem que amanhecer, e ao abrir os olhos percebe-se que a vida não está. Vazio. Nada. Ninguém.

quarta-feira, 4 de março de 2009

PRIMEIRA PARTE

Ela deitou-se para dormir, era um dos dias mais quentes do ano, cada poro de seu corpo transpirava. O ar abafado do quarto a irritava e sufocava. Ligou o ventilador, cerrou os olhos, acomodou-se melhor na cama. Todos os lados do travesseiro já estavam aquecidos, quando sentiu uma estranha presença no quarto vazio. Aquele sentimento de não estar sozinha a deixava em pânico. Resolveu ignorar até onde a curiosidade a permitisse.
Abriu os olhos e por um segundo viu o assustador rosto de um homem magro ao pé da cama. Aqueles olhos azuis a fitavam fixamente com ar de paranóia e obsessão. Seu coração disparou, podia ouvir os batimentos cardíacos ressoando em sua mente, o medo tomou conta de seus movimentos. Piscou e ele já não estava mais lá. Levantou-se depressa, sem saber ao certo o que fazer, puxou o lençol e cobriu-se como se aquele pano amassado pudesse protegê-la de alguma ameaça. Buscou em baixo da cama o sujeito esquisito, mas encontrou somente o vazio da poeira e almofadas jogadas. Desesperada arrastou cômodas e móveis de seu quarto, abriu as portas dos armários, puxou o tapete e atirou-o contra a parede, irada. Não encontrou ninguém, nem pistas nem vestígios de outra presença no quarto senão a dela mesma. E mesmo morando sozinha achou mais seguro trancar a porta do quarto, duas voltas na chave...
Aceitou que o que vira não passava de uma mera alucinação, deitou-se novamente, abraçou o travesseiro e assombrada pela idéia de perder a sanidade, chorou igual a uma criança, até dormir.

Os raios da manhã invadiram as pequenas aberturas da persiana e ela acordou com uma sensação de que algo acontecera na noite anterior, mas preferiu acreditar que tivera sido apenas um sonho, um devaneio de sono e cansaço. Levantou-se, lavou o rosto, vestiu-se e tomou seu café preto e forte, como sempre. O sol a convidou para um banho de piscina e ela subiu ao último andar do prédio onde ninguém ia. Por ser um edifício de flats, era habitado somente por executivos que não tinham tempo para nada, senão ternos e ligações. Repousou seu livro em uma das espreguiçadeiras, todas vazias, largou sua saída de banho no chão e deu um mergulho purificador.
Ao subir de volta à superfície, olhou a sua volta, não tinha ninguém, mas sentia-se sorrateiramente observada..............

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A VIDA DE MARIA JOANA

Deitada naquele sofá azul escarlate, podia ver cada prega do couro pintado saltando aos seus olhos. Sentia o vento fraco do ar condicionado batendo suavemente sobre suas pernas descobertas, e sentia o arrepio subindo e entrando pela sua saia. As almofadas encostavam de leve sobre si e pareciam afundá-la no sofá. Um sentimento de prazer foi tomando-lhe conta do corpo todo, o sorriso parecia-lhe inevitável. Os músculos faciais repuxavam com toda a força os cantos de seus lábios e a memória lhe trouxe a imagem dele, deitando-se sobre ela. O brilho dos olhos e o toque quente e suave acariciando-lhe os ombros, as coxas, o rosto, os cabelos... fio a fio.
As vozes ao redor não faziam mais sentido e ela só conseguia ouvir o timbre da voz dele sussurrando, ressoando em suas lembranças, que agora pareciam mais que reais. Por instantes ela reviveu a cena, desta vez deitada no sofá vazio de um apartamento no Jardins.
E ao abrir os olhos podia vê-lo cara-a-cara, o sorriso, o nariz, o contorno de sua boca... Podia senti-lo em todos os poros de sua pele e conseguia tocar novamente o seu cabelo macio. Sentia-se em êxtase, efeito que só ele tinha sobre ela... e não queria que aquilo acabasse mais uma vez. Parecia eterno, e seria.
O enjôo foi lhe invadindo, interrompendo a retomada da felicidade, levantou-se e foi flutuando até o lavabo. Todas as cores brilhavam mais e as paredes brancas eram como cristais refletindo a luz. O papel fazia um desenho incomum, ela podia ver flores e folhas saindo do vaso sanitário. A torneira não jorrava água, ao invés expelia um líquido de temperatura agradável que lhe acalmava, acalentava a alma. E sentia a textura da chave, do piso...
Retomou seu lugar no sofá que parecia dez vezes maior e mais fofo. Ao som de Ben Harper conseguia transportar-se para a praia e montanha ao mesmo tempo, sentia as ondas chacoalhando sua cabeça e seu corpo pra lá... pra cá... pra lá.... e de súbito, não conseguia mais voltar para a lembrança agradável... as ondas viraram maremoto. E jogavam-na, debatiam-na contra o encosto do sofá, gritavam ao seu ouvido.
Imóvel, o mundo se mexia ao seu redor. Com as mãos a longa distancia podia mover a tela, com um toque imaginário movia coisas do lugar. Olhou para o lado e viu um dos três gatos da casa. Cinco vezes maior que o real, os olhos fixos em si, as patas cravadas no chão de madeira. O gato tocava piano.
Cansada e com sono, deitou-se na cama. Sentiu como se as laterais do colchão fossem mais baixas que o centro, como se a cada movimento escorregaria para o chão ou para um buraco escuro e infinito. Teve medo, teve calor, teve frio, teve tristeza e ataque de risos. Dormiu enfim, em busca de um sonho perfeito. As imagens eram desconfiguradas, mas quase tão reais quanto o resto.
Acordou, levantou, bebeu uma cerveja, acendeu um cigarro, querendo se aventurar para sempre nessas águas que traziam a tona tantas sensações. Que traziam de volta momentos irrecuperáveis, que lhe arrancavam sorrisos involuntários e faziam-na sentir o que de melhor já havia sentido. Mas recobrou-se. Esqueceu-se. Lamentou-se.

E, com muito prazer, seu nome era Maria Joana....

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

SO LONELY

"Can't believe I hadda girl like you, and I just let you walk right outta my life, after all I put you thru you still stuck around and stayed by my side, what really hurt me is I broke your heart, baby you were a good girl and I had no right, I Really wanna make things right cause, without you in my life girl is so..."

E sim, talvez agora eu seja a Miss. Lonely... quem sabe? EU? não... nunca... fui e sou fraca... não por opção mas por falta de forças para lutar com meus moinhos imaginários......

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

AUTO-AJUDA

Quanto ao coração, agora tenho dois sentimentos que predominam e se misturam. Pena e compaixão por seres que rastejam, arrastam-se, humilham-se por causas perdidas. Sinto muito por aqueles que não são capazes de ver um palmo a frente do rosto. Que não conseguem sair do passado e sentir a brisa fresca do furturo chamando, pedindo, implorando, rezando pra que sigam em frente e arrisquem-se novamente. Sinto por esses pobres de espírito que temem a felicidade, que se escondem e fogem do amor. O verdadeiro amor, o mútuo.
Cruel é impor limites aos sentimentos, colocar regras às relações. Tenho profunda angústia ao observar o sofrimento alheio quando se trata da rejeição, da subordinação, da auto-negação. É triste e real a falta de habilidade de uns quando se trata de ser feliz.
A vida oferece tanta oportunidade, tanta abertura, conjuntura, e insistem na ditadura do sofrer, e vem o tempo da dentadura e a juventude se esvoa e já se é tarde demais pra recomeçar, pra tentar, pra prometer e jurar.
E intrigada procuro saídas próximas, válvulas de escape mas cada pessoa é um universo e nada se conhece de infinitos tão peculiares tão pessoais tão particulares.
Quanto ao coração, tenho agora mais um sentimento. Único, híbrido. Tenho agora o amor. Com ele a coragem, a força, a garra. Não por alguém, não há ninguem que saiba valorizar tanto tamanho sentimento senão quem o sente em si próprio, e enfim, por si próprio.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

NA NOSSA CASA...

"QUANDO ACONTECEU... QUANDO ALGO EM QUE A GENTE ACREDITAVA SE PERDEU..... POR ONDE VOCÊ ANDAVA??? POR QUE NÃO ME SOCORREU? NÃO É O FIM DO MUNDO.... SÓ É O FIM DE TUDO QUE FOMOS NÓS... "

Mamá, obrigada por me fazer lembrar de quem eu fui... do que eu fui... por abrir meus olhos para o que estava me tornando... a ti serei eternamente grata por não me deixar esquecer quem nós somos por essência... FELIZ ANIVERSÁRIO, MINHA GÊMEA, TE AMO MAIS QUE A VIDA!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

DE MUDANÇA...

Estou mudando de apartamento. Trocando de casa, e em cada parede que deixo para trás há marcas de dedos em dias de pressa quando as mãos, ignorando as barreiras da física, se debateram contra os obstáculos dos corredores. Em cada porta fecho uma lembrança, me despeço aos poucos de tantos olhares de diversas faces. E olho pela última vez o espelho, de frente aos degraus da solidão, que em dias tristes me suportaram escorrendo de angústia. Olho a televisão em cima da estante que dividiu comigo tantos risos e tantas revoltas. A varanda dá para a cidade, que um dia coube em minhas mãos, e a paisagem já não é mais minha... algum outro olho a terá em breve. E dói saber que tudo que eu construí, e planejei, e medi, e pensei, e sonhei esta ficando para trás, para alguem cujo nome ou personalidade desconheço. Minhas paredes, minhas portas e corredores e pias... não serão mais meus. E não, todo carinho acumulado em cada quadradinho do piso. Cada abraço dado na porta de entrada e cada sorriso de boas vindas perdidos, vendidos.
E o pior não é mudar. O pior é voltar para casa cansada a noite, para uma casa que não tem historias. É entrar em um ambiente hostil em que a cama não é mais um abraço reconfortante, em que a garrafa de café fica mais longe das mãos e das xícaras, em que a paisagem que se olha do quarto não é mais o quadro garantido. E a cidade me dá tchau, com aquelas luzes, como olhos brilhantes segundos antes da primeira lágrima.

A vida traz caminhos inesperados.

Saindo do meu lar, queria sair da vida... Assim como abandono minhas paredes sujas, pretendo abandonar meu passado mal pintado......

domingo, 15 de fevereiro de 2009

RETRATOS...

Hoje, ao observar fotos antigas vejo retratos de rostos que já não são mais os mesmos, pessoas que já não são mais... E quem eram? Algum dia já foram?
Não, há uma única triste e verdadeira conclusão, eu já fui... Já fui outra, outras, várias e diversas em tempos diferentes... as pessoas acompanharam ou não tal mudança.
As que não vieram junto a mim, ficaram como nos retratos de uma cyber shot ou de uma analógica, simplesmente eternas.
A vida se encarregou de lhes tirar de mim, de me arrancar deles... Por força das mudanças da idade alguns ficaram com o sorriso ou lágrima eterna em um pedaço de papel ou em uma tela do notebook...
E ao ver, lembranças caem junto a lagrimas e sorrisos de nostalgia, de saudade, de amor perdido, de sentimentos indefinidos de tempos que nunca hão de voltar... De pessoas que nunca mais existirão.

MAIS OUTRA PARTIDA...

E o que é a vida senão um longo e cansativo tabuleiro de xadrez? A cada escolha feita, vem o ávido oponente, pronto a dar o xeque-mate, o fabuloso Senhor Destino... Ele observa do outro lado da mesa, sentado, ansiando por um leve momento de fraqueza, no qual com toda sua audácia e malícia move suas peças para tornar a próxima jogada mais difícil, mais cruel...
As relações humanas são jogos... Cada ação sofre uma consequência, cada palavra é carregada dos mais diversos sentimentos ocultos. O cinismo faz da partida algo inédito, com fim previsível e marcado.
Mas por que jogar xadrez? Não seria mais simples se fosse uma partida de ping-pong?
Palavras pra cá... palavras pra lá... simples, claro, sincero... mas não... cada um do seu lado da mesa, arquitetando o próximo passo, o próximo telefonema, o próximo encontro....

Jogadores somos todos, infelizes sim, porém entretidos....

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

HUM...

QUERIA QUE A VIDA FOSSE MAIS HOLLYWOOD E MENOS NOVELA MEXICANA......

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

If you never try... you'll never know...

A fúria não vem do ato da decepção, mas da falta de honra do não dizer.
A ausência das palavras é pior do que a dura verdade.
A náusea das lembranças não é por serem ruins, mas por arrependimento de não ter entendido os sinais.
E agora, o cansaço vence, sobre a falta de forças para continuar ignorando a falsa sensação.
É uma perda, ou um ganho. Não interessa, não se deve encorajar o medo alheio... Não deve deixar-se amedrontar pela força, pela idependência, pela felicidade...
"Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu" e sabiamente quem teme a felicidade teme a vida... e de covardes vestidos de estrelas o mundo sofre, e o brilho e sorriso que se encontram em cada detalhe, cada palavra, são perdidos por pura fobia.
Ah, a vida não prega peças... quem prega são as pessoas.
Nada é tão dificil que seja impossível, mas se não valhe a pena, não adianta lutar....

Tristes não são as palavras que arranham os tímpanos... Cruéis são palavras que se espera e nunca vêm....

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

VÍCIOS

Olhando para cima, ao som de Billie Holiday, tenho uma suave sensação, que pouco dura mais que um milésimo de segundo, onde parte do céu se clareia, como se dentre a escuridão da noite, uma luz viesse acalentar o coração.

E como olhar a lua e não lembrar de você? Como respirar a brisa noturna e não sentir seu perfume?

Ah! E se amor e jazz matassem, eu já não mais estaria viva....

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

CINDERELA...

Se as badaladas não soassem o aviso do amanhecer, ela teria continuado parada exatamente onde estava. Ali olhando seu rosto contra a luz do vidro aberto, a curva de seu nariz perfeito, a barba mal feita, o brilho dos olhos...
Se a noite não acabasse ali, aos gritos do raiar do sol, ela ficaria eternamente no estado de êxtase que se encontrava. Nenhum lugar era melhor, ninguém mais existia. Ela estava sob efeito total e completo de uma magia superior a qualquer aviso da realidade. E seu corpo parecia flutuar, sem tocar em nada, leve... Sentia somente os fios de cabelo dele, suados, passando por entre seus dedos, e era tudo que queria sentir...
Não via nada além de seu suave toque no volante e seu sorriso lindo de canto de boca. E se fosse possível comprar o tempo, ela gastaria fortunas para que aquele durasse mais... Se fosse possível possuir pessoas, ela o teria para si.
Sua companhia fazia cada detalhe da madrugada simplesmente agradável e cada minuto digno de um sorriso. O vento que lhe afagava o rosto era uma brisa do paraíso e o carro escorregava rumo ao fim. Não queria que chegasse nunca, o caminho podia ser mais longo...
Vem a claridade e com ela a razão. Uma frase ressoa em sua cabeça "Tenho medo de você", e mal sabe ele que toda essa certeza de si não passa de uma carcaça que encobre o medo e a protege de grandes decepções. Mal sabe ele, que ela só tem essa segurança quando se trata de paixão. Mas ela só tem uma pessoa na cabeça e no coração. Essa paixão é ele...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

LEVEZA GRAVITACIONAL

A leveza da vida traz a vontade de amar. O suspiro da morte nos repreende e bate-nos forte na face rosada das lágrimas de saudade. E por que o ódio? Deixe-se simplesmente enebriar-se pela alegria alheia e verás que o mundo tem mais cores que apenas o cinza negro que nubla os sentimentos amedrontados de quem afia as palavras para auto defesa. O amor é uma dádiva, deixar ser amado é inteligencia. A vida pode ser leve, se o coração for leve.... E por que o rancor? Peso esdrúxulo que acumula poeira e sangue, e pesa levando a existência à reles insignificância...

Permita-se viver leve e leve a vida será... e derrepente o sorriso escapará pelo canto dos lábios cansados, e o brilho dos olhos voltará... e quem sabe a pequena história de um entre tantos corpos transforme grandiosamente a graça da vida de quem está ao redor.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

UM SOPRO...

E se a vida fosse mais que um leve suspiro de almas cansadas? E se o vento uivasse na janela do quarto assim como a existencia grita na respiração das pessoas ao redor? E se tudo fosse além de uma séria expectativa de se ver além do que os olhos podem observar?
Ah! Vida cruel, morte solitária... O mundo será bem menos colorido, a cerveja não terá o leve gosto de cevada ao final de cada gole, o cigarro não trará a calmaria de um mar sob o céu estrelado e o sexo não terá mais a exaustão do gozo... O vício enfim, não será mais o prazer de viver, mas a ânsia dos dias finais...

Tantas badaladas do relógio da vida para vir ao mundo e em um leve descanso das palpebras doentes já não se está mais... a existência, frágil e desesperadora, resta somente na memória dos que amaram... cravada em cada batida de um coração saudoso...

Por fim, em cada gole sente-se a voz e o cheiro de quem já não mais está ao lado, mas agora, jás por dentro, corroendo o sistema cardíaco, abalando o neural....

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

OS CEGOS DO CASTELO - Nando Reis

Eu não quero mais mentir. Usar espinhos que só causam dor. Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu. Dos cegos do castelo me despeço e vou. A pé até encontrar,Um caminho, o lugar Pro que eu sou. Eu não quero mais dormir, De olhos abertos me esquenta o sol, Eu não espero que um revólver venha explodir, Na minha testa se anunciou, A pé a fé devagar, Foge o destino do azar, Que restou. E se você puder me olhar, E se você quiser me achar, E se você trouxer o seu lar... Eu vou cuidar, eu cuidarei dele, Eu vou cuidar Do seu jardim Eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele Eu vou cuidar. Eu cuidarei do seu jantar, Do céu e do mar, e de você e de mim... Eu não quero mais mentir, Usar espinhos que só causam dor, Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu, Dos cegos do castelo me despeço e vou, A pé até encontrar, Um caminho, o lugar, Pro que eu sou. Eu não quero mais dormir, De olhos abertos me esquenta o sol, Eu não espero que um revólver venha explodir, Na minha testa se anunciou, A pé a fé devagar, Foge o destino do azar, Que restou... E se você puder me olhar, E se você quiser me achar, E se você trouxer o seu lar... Eu vou cuidar, eu cuidarei dele...Eu vou cuidar Do seu jardim. Eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele Eu vou cuidar Eu cuidarei do seu jantar Do céu e do mar, e de você e de mim...

SR. ANONIMATO...

Ai vai um texto dedicado ao Senhor Anonimato dos posts abaixo! Só uma dica... leia até o fim e cuidado com tuas palavras.... hehehehehehhehe

Se escolhes o modo mais utópico e novelesco de viveres uma arrebatadora paixão, te digo: tens uma adversária a altura. Se queres jogar, já aviso de antemão, o tabuleiro é perigoso, é sinuoso e traiçoeiro. Entrei nele e te desafio. Se queres mesmo jogar, eu movo minhas peças de modo singelo e silencioso, não faço estardalhaço, não hei de fazê-lo com ti.
Enfim, se queres emaranhar-me em uma cruel dúvida, em redes de interrogação, não te culpo, te admiro! Pois, diferente de outros pardos, não me subestimas.
Se a mim hás desafiado, só me resta a inescrupulosa decisão de mergulhar neste tabuleiro. E não moverei torres e cavalos, entrarei sorrateiramente pelo xadrez da linguística e, de cada palavra, furtarei traços de tua personalidade romântica; de cada pontuação concluirei partes de teu desejo utópico, de teu sentimento platônico.

A curiosidade vira ácido em minha mente e me corrói aos poucos. Interessada fiquei em descobrir essa timidez tão quixotesca, e por fim, conseguistes o que querias: tens minha atenção!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A SUA ---- Marisa Monte

Eu só quero que você saiba
Que eu estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz
Estou com sintomas de saudade
Estou pensando em você
Como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Pois te quero livre também
Como o tempo vai o tempo vem
Eu só quero que você caiba
No meu colo porquê
Eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás
Estou com sintomas de saudade
Estou pensando em você
Como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Pois te quero livre também
Como o tempo vai o vento vem
Eu só quero que você saiba
Que eu estou pensando em você
Pois te quero livre também
Como o tempo vai o vento vem
Porque eu te quero livre também
Como o tempo vai o vento vem

sábado, 10 de janeiro de 2009

TRANQUILIZANTES....

A crueldade do destino coloca em xeque a ausência do ser. A maldade dos fatos cabíveis em um delimitado período de horas surpreende de maneira inescrupulosa a face corada de batimentos cardíacos acelerados. A descrença assume, imperiosa, sobre a emoção que sobe como arrepio pela epiderme queimada ao sol do verão solitário. O passado envenenado volta fazendo do futuro terreno incerto e calculável, injusto e tentador. A angústia da dúvida, a sorte do livre arbítrio.

Duas cápsulas soníferas sobre a palma de suas mãos. Pela guela desce o que por ela subirá, em um revertério inevitável, desgostoso das escolhas feitas, tenebroso das consequencias...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

MULHER-RATO







Agarrou a fina tira de tecido duro e puxou com ódio e desespero para baixo. A persiana subiu, a cidade reapareceu. As longas e distantes luzes de mundos particulares despontavam em seus olhos trazendo uma claridade pontiaguda para sua visão já acostumada à escuridão. Afagou a mais antiga almofada laranja, de formato peculiar, algo que já fora, um dia, um coração. E talvez a almofada fosse a representação material de seus cansados sentimentos, um coração desconfigurado. Apoiou no parapeito, recostou sobre a almofada. Do bolso, a chama que sufocou o desespero da abstinência. Uma tragada... duas. Aliviada, enfim, pode finalmente deixar os olhos dispersos encontrarem na paisagem corriqueira algo de bizarro, algo inédito, de curiosidade absoluta em sua vivência tão tímida e retraída da cidade morta de concreto. Ali, dividindo o parapeito, do outro lado da vidraça, um corpo. Metade para fora da rede que quadricula o mundo do 4º quarto do décimo-oitavo andar. Estava ali, como ela, olhando os pontos de luz da imensidão. A outra metade, provida de um minúsculo rabo, para dentro, acuada pelos perigos que a noite representa.
Tragava e olhava. Olhava e tragava.
Por fim, isolou-se novamente do universo em seu cubo fantástico. Por dentro, através do vidro, viu aquele corpúsculo raquítico. Sua carne parecia forçar para dentro do corpo, somente impedida por uma frágil estrutura óssea que quase cedia, e por entre os ossinhos a carne escorria quase atingindo o outro lado e quase tornando-se, emfim, uma folha de pelos e carne. Os dedinhos miúdos ligados por uma membrana quase transparente, que assim o seria, não fosse preta. Por dúvida, jogou-lhe um feixe de luz por trás. A sombra na mureta pálida, quase tão negra quanto o ser, tomou forma e deixou exato o desenho de duas orelhas pontiagudas e miúdas.
Um rato preto? Um morcego? Macumba? Ilusão? Devaneios? Alucinações? Medo?

Tomada por um sentimento único de agonia e terror, a aflição tomou-lhe conta das ações, as lágrimas lhe escorreram dos olhos involuntárias. O animal no parapeito como ela, estava se escondendo da vida, com medo da cidade a frente, no meio termo entre o real e o irreal, em cima do muro, dormindo entre o quadriculado e frágil como uma membrana. O animal era ela. Ela era o morcego.
Entao, abriu a vidraça, encostou a cabeça na rede e lá ficou, até o sol crescer e levar embora o bicho e toda escuridão...