Quanto ao coração, agora tenho dois sentimentos que predominam e se misturam. Pena e compaixão por seres que rastejam, arrastam-se, humilham-se por causas perdidas. Sinto muito por aqueles que não são capazes de ver um palmo a frente do rosto. Que não conseguem sair do passado e sentir a brisa fresca do furturo chamando, pedindo, implorando, rezando pra que sigam em frente e arrisquem-se novamente. Sinto por esses pobres de espírito que temem a felicidade, que se escondem e fogem do amor. O verdadeiro amor, o mútuo.
Cruel é impor limites aos sentimentos, colocar regras às relações. Tenho profunda angústia ao observar o sofrimento alheio quando se trata da rejeição, da subordinação, da auto-negação. É triste e real a falta de habilidade de uns quando se trata de ser feliz.
A vida oferece tanta oportunidade, tanta abertura, conjuntura, e insistem na ditadura do sofrer, e vem o tempo da dentadura e a juventude se esvoa e já se é tarde demais pra recomeçar, pra tentar, pra prometer e jurar.
E intrigada procuro saídas próximas, válvulas de escape mas cada pessoa é um universo e nada se conhece de infinitos tão peculiares tão pessoais tão particulares.
Quanto ao coração, tenho agora mais um sentimento. Único, híbrido. Tenho agora o amor. Com ele a coragem, a força, a garra. Não por alguém, não há ninguem que saiba valorizar tanto tamanho sentimento senão quem o sente em si próprio, e enfim, por si próprio.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
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