A leveza da vida traz a vontade de amar. O suspiro da morte nos repreende e bate-nos forte na face rosada das lágrimas de saudade. E por que o ódio? Deixe-se simplesmente enebriar-se pela alegria alheia e verás que o mundo tem mais cores que apenas o cinza negro que nubla os sentimentos amedrontados de quem afia as palavras para auto defesa. O amor é uma dádiva, deixar ser amado é inteligencia. A vida pode ser leve, se o coração for leve.... E por que o rancor? Peso esdrúxulo que acumula poeira e sangue, e pesa levando a existência à reles insignificância...
Permita-se viver leve e leve a vida será... e derrepente o sorriso escapará pelo canto dos lábios cansados, e o brilho dos olhos voltará... e quem sabe a pequena história de um entre tantos corpos transforme grandiosamente a graça da vida de quem está ao redor.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
UM SOPRO...
E se a vida fosse mais que um leve suspiro de almas cansadas? E se o vento uivasse na janela do quarto assim como a existencia grita na respiração das pessoas ao redor? E se tudo fosse além de uma séria expectativa de se ver além do que os olhos podem observar?
Ah! Vida cruel, morte solitária... O mundo será bem menos colorido, a cerveja não terá o leve gosto de cevada ao final de cada gole, o cigarro não trará a calmaria de um mar sob o céu estrelado e o sexo não terá mais a exaustão do gozo... O vício enfim, não será mais o prazer de viver, mas a ânsia dos dias finais...
Tantas badaladas do relógio da vida para vir ao mundo e em um leve descanso das palpebras doentes já não se está mais... a existência, frágil e desesperadora, resta somente na memória dos que amaram... cravada em cada batida de um coração saudoso...
Por fim, em cada gole sente-se a voz e o cheiro de quem já não mais está ao lado, mas agora, jás por dentro, corroendo o sistema cardíaco, abalando o neural....
Ah! Vida cruel, morte solitária... O mundo será bem menos colorido, a cerveja não terá o leve gosto de cevada ao final de cada gole, o cigarro não trará a calmaria de um mar sob o céu estrelado e o sexo não terá mais a exaustão do gozo... O vício enfim, não será mais o prazer de viver, mas a ânsia dos dias finais...
Tantas badaladas do relógio da vida para vir ao mundo e em um leve descanso das palpebras doentes já não se está mais... a existência, frágil e desesperadora, resta somente na memória dos que amaram... cravada em cada batida de um coração saudoso...
Por fim, em cada gole sente-se a voz e o cheiro de quem já não mais está ao lado, mas agora, jás por dentro, corroendo o sistema cardíaco, abalando o neural....
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
OS CEGOS DO CASTELO - Nando Reis
Eu não quero mais mentir. Usar espinhos que só causam dor. Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu. Dos cegos do castelo me despeço e vou. A pé até encontrar,Um caminho, o lugar Pro que eu sou. Eu não quero mais dormir, De olhos abertos me esquenta o sol, Eu não espero que um revólver venha explodir, Na minha testa se anunciou, A pé a fé devagar, Foge o destino do azar, Que restou. E se você puder me olhar, E se você quiser me achar, E se você trouxer o seu lar... Eu vou cuidar, eu cuidarei dele, Eu vou cuidar Do seu jardim Eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele Eu vou cuidar. Eu cuidarei do seu jantar, Do céu e do mar, e de você e de mim... Eu não quero mais mentir, Usar espinhos que só causam dor, Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu, Dos cegos do castelo me despeço e vou, A pé até encontrar, Um caminho, o lugar, Pro que eu sou. Eu não quero mais dormir, De olhos abertos me esquenta o sol, Eu não espero que um revólver venha explodir, Na minha testa se anunciou, A pé a fé devagar, Foge o destino do azar, Que restou... E se você puder me olhar, E se você quiser me achar, E se você trouxer o seu lar... Eu vou cuidar, eu cuidarei dele...Eu vou cuidar Do seu jardim. Eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele Eu vou cuidar Eu cuidarei do seu jantar Do céu e do mar, e de você e de mim...
SR. ANONIMATO...
Ai vai um texto dedicado ao Senhor Anonimato dos posts abaixo! Só uma dica... leia até o fim e cuidado com tuas palavras.... hehehehehehhehe
Se escolhes o modo mais utópico e novelesco de viveres uma arrebatadora paixão, te digo: tens uma adversária a altura. Se queres jogar, já aviso de antemão, o tabuleiro é perigoso, é sinuoso e traiçoeiro. Entrei nele e te desafio. Se queres mesmo jogar, eu movo minhas peças de modo singelo e silencioso, não faço estardalhaço, não hei de fazê-lo com ti.
Enfim, se queres emaranhar-me em uma cruel dúvida, em redes de interrogação, não te culpo, te admiro! Pois, diferente de outros pardos, não me subestimas.
Se a mim hás desafiado, só me resta a inescrupulosa decisão de mergulhar neste tabuleiro. E não moverei torres e cavalos, entrarei sorrateiramente pelo xadrez da linguística e, de cada palavra, furtarei traços de tua personalidade romântica; de cada pontuação concluirei partes de teu desejo utópico, de teu sentimento platônico.
A curiosidade vira ácido em minha mente e me corrói aos poucos. Interessada fiquei em descobrir essa timidez tão quixotesca, e por fim, conseguistes o que querias: tens minha atenção!
Se escolhes o modo mais utópico e novelesco de viveres uma arrebatadora paixão, te digo: tens uma adversária a altura. Se queres jogar, já aviso de antemão, o tabuleiro é perigoso, é sinuoso e traiçoeiro. Entrei nele e te desafio. Se queres mesmo jogar, eu movo minhas peças de modo singelo e silencioso, não faço estardalhaço, não hei de fazê-lo com ti.
Enfim, se queres emaranhar-me em uma cruel dúvida, em redes de interrogação, não te culpo, te admiro! Pois, diferente de outros pardos, não me subestimas.
Se a mim hás desafiado, só me resta a inescrupulosa decisão de mergulhar neste tabuleiro. E não moverei torres e cavalos, entrarei sorrateiramente pelo xadrez da linguística e, de cada palavra, furtarei traços de tua personalidade romântica; de cada pontuação concluirei partes de teu desejo utópico, de teu sentimento platônico.
A curiosidade vira ácido em minha mente e me corrói aos poucos. Interessada fiquei em descobrir essa timidez tão quixotesca, e por fim, conseguistes o que querias: tens minha atenção!
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
A SUA ---- Marisa Monte
Eu só quero que você saiba
Que eu estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz
Estou com sintomas de saudade
Estou pensando em você
Como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Pois te quero livre também
Como o tempo vai o tempo vem
Eu só quero que você caiba
No meu colo porquê
Eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás
Estou com sintomas de saudade
Estou pensando em você
Como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Pois te quero livre também
Como o tempo vai o vento vem
Eu só quero que você saiba
Que eu estou pensando em você
Pois te quero livre também
Como o tempo vai o vento vem
Porque eu te quero livre também
Como o tempo vai o vento vem
Que eu estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz
Estou com sintomas de saudade
Estou pensando em você
Como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Pois te quero livre também
Como o tempo vai o tempo vem
Eu só quero que você caiba
No meu colo porquê
Eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás
Estou com sintomas de saudade
Estou pensando em você
Como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Pois te quero livre também
Como o tempo vai o vento vem
Eu só quero que você saiba
Que eu estou pensando em você
Pois te quero livre também
Como o tempo vai o vento vem
Porque eu te quero livre também
Como o tempo vai o vento vem
sábado, 10 de janeiro de 2009
TRANQUILIZANTES....
A crueldade do destino coloca em xeque a ausência do ser. A maldade dos fatos cabíveis em um delimitado período de horas surpreende de maneira inescrupulosa a face corada de batimentos cardíacos acelerados. A descrença assume, imperiosa, sobre a emoção que sobe como arrepio pela epiderme queimada ao sol do verão solitário. O passado envenenado volta fazendo do futuro terreno incerto e calculável, injusto e tentador. A angústia da dúvida, a sorte do livre arbítrio.
Duas cápsulas soníferas sobre a palma de suas mãos. Pela guela desce o que por ela subirá, em um revertério inevitável, desgostoso das escolhas feitas, tenebroso das consequencias...
Duas cápsulas soníferas sobre a palma de suas mãos. Pela guela desce o que por ela subirá, em um revertério inevitável, desgostoso das escolhas feitas, tenebroso das consequencias...
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
MULHER-RATO

Agarrou a fina tira de tecido duro e puxou com ódio e desespero para baixo. A persiana subiu, a cidade reapareceu. As longas e distantes luzes de mundos particulares despontavam em seus olhos trazendo uma claridade pontiaguda para sua visão já acostumada à escuridão. Afagou a mais antiga almofada laranja, de formato peculiar, algo que já fora, um dia, um coração. E talvez a almofada fosse a representação material de seus cansados sentimentos, um coração desconfigurado. Apoiou no parapeito, recostou sobre a almofada. Do bolso, a chama que sufocou o desespero da abstinência. Uma tragada... duas. Aliviada, enfim, pode finalmente deixar os olhos dispersos encontrarem na paisagem corriqueira algo de bizarro, algo inédito, de curiosidade absoluta em sua vivência tão tímida e retraída da cidade morta de concreto. Ali, dividindo o parapeito, do outro lado da vidraça, um corpo. Metade para fora da rede que quadricula o mundo do 4º quarto do décimo-oitavo andar. Estava ali, como ela, olhando os pontos de luz da imensidão. A outra metade, provida de um minúsculo rabo, para dentro, acuada pelos perigos que a noite representa.
Tragava e olhava. Olhava e tragava.
Por fim, isolou-se novamente do universo em seu cubo fantástico. Por dentro, através do vidro, viu aquele corpúsculo raquítico. Sua carne parecia forçar para dentro do corpo, somente impedida por uma frágil estrutura óssea que quase cedia, e por entre os ossinhos a carne escorria quase atingindo o outro lado e quase tornando-se, emfim, uma folha de pelos e carne. Os dedinhos miúdos ligados por uma membrana quase transparente, que assim o seria, não fosse preta. Por dúvida, jogou-lhe um feixe de luz por trás. A sombra na mureta pálida, quase tão negra quanto o ser, tomou forma e deixou exato o desenho de duas orelhas pontiagudas e miúdas.
Um rato preto? Um morcego? Macumba? Ilusão? Devaneios? Alucinações? Medo?
Tomada por um sentimento único de agonia e terror, a aflição tomou-lhe conta das ações, as lágrimas lhe escorreram dos olhos involuntárias. O animal no parapeito como ela, estava se escondendo da vida, com medo da cidade a frente, no meio termo entre o real e o irreal, em cima do muro, dormindo entre o quadriculado e frágil como uma membrana. O animal era ela. Ela era o morcego.
Entao, abriu a vidraça, encostou a cabeça na rede e lá ficou, até o sol crescer e levar embora o bicho e toda escuridão...
Tragava e olhava. Olhava e tragava.
Por fim, isolou-se novamente do universo em seu cubo fantástico. Por dentro, através do vidro, viu aquele corpúsculo raquítico. Sua carne parecia forçar para dentro do corpo, somente impedida por uma frágil estrutura óssea que quase cedia, e por entre os ossinhos a carne escorria quase atingindo o outro lado e quase tornando-se, emfim, uma folha de pelos e carne. Os dedinhos miúdos ligados por uma membrana quase transparente, que assim o seria, não fosse preta. Por dúvida, jogou-lhe um feixe de luz por trás. A sombra na mureta pálida, quase tão negra quanto o ser, tomou forma e deixou exato o desenho de duas orelhas pontiagudas e miúdas.
Um rato preto? Um morcego? Macumba? Ilusão? Devaneios? Alucinações? Medo?
Tomada por um sentimento único de agonia e terror, a aflição tomou-lhe conta das ações, as lágrimas lhe escorreram dos olhos involuntárias. O animal no parapeito como ela, estava se escondendo da vida, com medo da cidade a frente, no meio termo entre o real e o irreal, em cima do muro, dormindo entre o quadriculado e frágil como uma membrana. O animal era ela. Ela era o morcego.
Entao, abriu a vidraça, encostou a cabeça na rede e lá ficou, até o sol crescer e levar embora o bicho e toda escuridão...
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