A porta é escancarada 9 horas da manhã... a empregada faltou.... tem que arrumar a casa.... arrumo o meu quarto, o da mari, o dos meus pais... okay... lavei a louça... liga o papai "Tem que fazer a feira!"... dor nas costas... feira e xavecos furados.... a mari liga, vem almoçar em casa... nop, num tem comida... passadinha no mc donalds, super saudável... mc tasty... sai rolando... "vamos no mercado comigo ju, por favor, rapidinho?"... quem sou eu pra negar?... mercado, fila, corredores longos e cansativos... chegamos em casa... dia do rodízio do meu carro... exatamente na hra de me arrumar, acabou a luz... nenhum problema a não ser que MEU AQUECEDOR É ELÉTRICO!..... cabelo sujo ou banho gelado???? banho gelado!!!!... tudo bem, tudo bem... 1..2..3...breath!..... atrasada... vergueiro, uma batida homérica fez do transito quase uma escultura de pedra... blah.... okay... passou.... faculdade, sim estou a salvo!..... ERRADO!..... chega a Sissi e "TEM UM CHICLETE NA SUA BUNDA!!!"... sim! Oi, meu nome é Juliana e eu sentei num chiclete..... mas tudooo bem, mais tarde tem geosamba, talvez uma presença de uma pessoa encantadora... e ops! ele foi viajar.... ai ai okay... pelo menos tem cervejaaa.... ahhh! Nada como uma cervejinha gelada depois de um dia difícil.... masss.... opa! NÃO! DEPOIS DE UM DIA DIFÍCIL, A CERVEJA ACABOU ANTES DA MEIA NOITE!!!!!
mas calma... não é o fim do mundo.... isso NÃO foi um dia de azar... fooi só uma sucessão de acontecimentos peculiares que coincidentemente se encontraram em menos de 24 horas.... não tem nada a ver com falta de sorte.... NA VOLTA PRA CASA, DOIS GATOS PRETOS CRUZARAM MEU CAMINHO..........................
quinta-feira, 26 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
ENLOUQUECEDOR...
A sala estava fria, o azul das paredes fazia o vento parecer mais gelado do que de fato era. Estava uma noite calma. O estudio de vídeo estava lotado de alunos patéticos e iguais. Todos a sua volta pareciam idiotas perto de câmeras de vídeo e foi quando ela se deu conta que aquilo tudo simplesmente não fazia sentido. Continuou a ouvir explicações sobre o manuseio de aparelhos e como tudo aquilo estava incrivelmente irritante aos seu conhecimento tão acostumado ao tato de câmeras digitais.
Foi quando olhou para a porta e viu, por ela entrando, ele com o cabelo negro arrepiado, a pele branquinha de quem vai à praia, mas não toma sol, a mochila a tira colo. Encontrou seus olhos e nesse instante escapou um sorrisinho pelo canto da boca de ambos. O sorriso lateral dele em exata harmonia com o nariz perfeito e barba mal feita.
Ela piscou o olho, ele não estava lá. Ninguém havia entrado pela porta. Lembrou-se que nunca mais o veria, que infelizmente tal cena, agora, era impossivel. O seu tão querido sorriso tinha escapado-lhe das mãos como areia ao vento e nada podia fazer a respeito disso. E antes tal incidente houvesse sido culposo de sua parte, que ela tivesse errado de modo absurdo e grotesco, mas não. A simples e dolorosa decisão de morrer fora dele....
Foi quando olhou para a porta e viu, por ela entrando, ele com o cabelo negro arrepiado, a pele branquinha de quem vai à praia, mas não toma sol, a mochila a tira colo. Encontrou seus olhos e nesse instante escapou um sorrisinho pelo canto da boca de ambos. O sorriso lateral dele em exata harmonia com o nariz perfeito e barba mal feita.
Ela piscou o olho, ele não estava lá. Ninguém havia entrado pela porta. Lembrou-se que nunca mais o veria, que infelizmente tal cena, agora, era impossivel. O seu tão querido sorriso tinha escapado-lhe das mãos como areia ao vento e nada podia fazer a respeito disso. E antes tal incidente houvesse sido culposo de sua parte, que ela tivesse errado de modo absurdo e grotesco, mas não. A simples e dolorosa decisão de morrer fora dele....
segunda-feira, 16 de março de 2009
ALUCINAÇÃO'
Estranho modo de ver... os olhos observam e tudo parece ter mudado... as coisas ainda estão mas já não são... Tudo está estranhamente diferente como se a visão estivesse possuida por algum tipo de efeito alucinógeno e os objetos nada abstratos parecem disformes. Tudo solta um brilho diferente e as cores refletem na retina de modo peculiar e inédito. Dorme-se uma, acorda-se outra. Outras.
Recintos de sempre parecem desconhecidos. Cada passo, um salto rumo a novos lugares já conhecidos. Um frio na barriga, a vida parece ter recomeçado.
Tenta-se lembrar de como eram as coisas. O esforço já não é mais suficiente, memórias de semanas atrás escapam como se anos tivessem passado. Parecem lembranças de outra vida... ou a mesma vivida por outra pessoa.
Ao abrir os olhos levemente alucinados o brilho, o formato, a finalidade, a posição dos lugares, coisas, objetos e pessoas se transformaram. A vida era nova. O mundo novo. Não se conhecia mais, não queria mais se conhecer... Bom dia, muito prazer em conhecê-la, acabei de nascer....
Recintos de sempre parecem desconhecidos. Cada passo, um salto rumo a novos lugares já conhecidos. Um frio na barriga, a vida parece ter recomeçado.
Tenta-se lembrar de como eram as coisas. O esforço já não é mais suficiente, memórias de semanas atrás escapam como se anos tivessem passado. Parecem lembranças de outra vida... ou a mesma vivida por outra pessoa.
Ao abrir os olhos levemente alucinados o brilho, o formato, a finalidade, a posição dos lugares, coisas, objetos e pessoas se transformaram. A vida era nova. O mundo novo. Não se conhecia mais, não queria mais se conhecer... Bom dia, muito prazer em conhecê-la, acabei de nascer....
quarta-feira, 11 de março de 2009
UNDERGROUND
Ah! Essa vida! O céu cinza, o ar leve...
Nada como uma noite de cerveja, conversa, sinuca e risadas. Um bar, um boteco, uma mesa, umas bolas e um taco. Risadas altas, jogadas erradas, apostas furadas, palavras perdidas.
Por um momento quase esquece-se da vida. Por poucos momentos aquilo é tudo, todos. Um carro na esquina, uma coca-cola sobre a mesa, um rádio a tocar rock'n roll. O que mais poderia pedir da vida? Sem luxo, sem riquezas, sem maquiagem, sem gel no cabelo. Uns pares de all star e é tudo que precisamos.
Então, o dia tem que amanhecer, e ao abrir os olhos percebe-se que a vida não está. Vazio. Nada. Ninguém.
Nada como uma noite de cerveja, conversa, sinuca e risadas. Um bar, um boteco, uma mesa, umas bolas e um taco. Risadas altas, jogadas erradas, apostas furadas, palavras perdidas.
Por um momento quase esquece-se da vida. Por poucos momentos aquilo é tudo, todos. Um carro na esquina, uma coca-cola sobre a mesa, um rádio a tocar rock'n roll. O que mais poderia pedir da vida? Sem luxo, sem riquezas, sem maquiagem, sem gel no cabelo. Uns pares de all star e é tudo que precisamos.
Então, o dia tem que amanhecer, e ao abrir os olhos percebe-se que a vida não está. Vazio. Nada. Ninguém.
quarta-feira, 4 de março de 2009
PRIMEIRA PARTE
Ela deitou-se para dormir, era um dos dias mais quentes do ano, cada poro de seu corpo transpirava. O ar abafado do quarto a irritava e sufocava. Ligou o ventilador, cerrou os olhos, acomodou-se melhor na cama. Todos os lados do travesseiro já estavam aquecidos, quando sentiu uma estranha presença no quarto vazio. Aquele sentimento de não estar sozinha a deixava em pânico. Resolveu ignorar até onde a curiosidade a permitisse.
Abriu os olhos e por um segundo viu o assustador rosto de um homem magro ao pé da cama. Aqueles olhos azuis a fitavam fixamente com ar de paranóia e obsessão. Seu coração disparou, podia ouvir os batimentos cardíacos ressoando em sua mente, o medo tomou conta de seus movimentos. Piscou e ele já não estava mais lá. Levantou-se depressa, sem saber ao certo o que fazer, puxou o lençol e cobriu-se como se aquele pano amassado pudesse protegê-la de alguma ameaça. Buscou em baixo da cama o sujeito esquisito, mas encontrou somente o vazio da poeira e almofadas jogadas. Desesperada arrastou cômodas e móveis de seu quarto, abriu as portas dos armários, puxou o tapete e atirou-o contra a parede, irada. Não encontrou ninguém, nem pistas nem vestígios de outra presença no quarto senão a dela mesma. E mesmo morando sozinha achou mais seguro trancar a porta do quarto, duas voltas na chave...
Aceitou que o que vira não passava de uma mera alucinação, deitou-se novamente, abraçou o travesseiro e assombrada pela idéia de perder a sanidade, chorou igual a uma criança, até dormir.
Os raios da manhã invadiram as pequenas aberturas da persiana e ela acordou com uma sensação de que algo acontecera na noite anterior, mas preferiu acreditar que tivera sido apenas um sonho, um devaneio de sono e cansaço. Levantou-se, lavou o rosto, vestiu-se e tomou seu café preto e forte, como sempre. O sol a convidou para um banho de piscina e ela subiu ao último andar do prédio onde ninguém ia. Por ser um edifício de flats, era habitado somente por executivos que não tinham tempo para nada, senão ternos e ligações. Repousou seu livro em uma das espreguiçadeiras, todas vazias, largou sua saída de banho no chão e deu um mergulho purificador.
Ao subir de volta à superfície, olhou a sua volta, não tinha ninguém, mas sentia-se sorrateiramente observada..............
Abriu os olhos e por um segundo viu o assustador rosto de um homem magro ao pé da cama. Aqueles olhos azuis a fitavam fixamente com ar de paranóia e obsessão. Seu coração disparou, podia ouvir os batimentos cardíacos ressoando em sua mente, o medo tomou conta de seus movimentos. Piscou e ele já não estava mais lá. Levantou-se depressa, sem saber ao certo o que fazer, puxou o lençol e cobriu-se como se aquele pano amassado pudesse protegê-la de alguma ameaça. Buscou em baixo da cama o sujeito esquisito, mas encontrou somente o vazio da poeira e almofadas jogadas. Desesperada arrastou cômodas e móveis de seu quarto, abriu as portas dos armários, puxou o tapete e atirou-o contra a parede, irada. Não encontrou ninguém, nem pistas nem vestígios de outra presença no quarto senão a dela mesma. E mesmo morando sozinha achou mais seguro trancar a porta do quarto, duas voltas na chave...
Aceitou que o que vira não passava de uma mera alucinação, deitou-se novamente, abraçou o travesseiro e assombrada pela idéia de perder a sanidade, chorou igual a uma criança, até dormir.
Os raios da manhã invadiram as pequenas aberturas da persiana e ela acordou com uma sensação de que algo acontecera na noite anterior, mas preferiu acreditar que tivera sido apenas um sonho, um devaneio de sono e cansaço. Levantou-se, lavou o rosto, vestiu-se e tomou seu café preto e forte, como sempre. O sol a convidou para um banho de piscina e ela subiu ao último andar do prédio onde ninguém ia. Por ser um edifício de flats, era habitado somente por executivos que não tinham tempo para nada, senão ternos e ligações. Repousou seu livro em uma das espreguiçadeiras, todas vazias, largou sua saída de banho no chão e deu um mergulho purificador.
Ao subir de volta à superfície, olhou a sua volta, não tinha ninguém, mas sentia-se sorrateiramente observada..............
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